domingo, 21 de dezembro de 2008

Falta-me

Agora me falta tempo; falta-me espaço; falto eu

E já não me interesso se o que penso é bom ou se não faz diferença.

Não me dói se tua opinião é diferente da minha.

Não me ofende se os seus sonhos não são iguais aos meus.

Acordo tarde; penso em te esquecer logo que me entendo.

Juro-me a morte pra não sentir a falta.

Falta-me pena; sinto-me só; escondo-me muito; conhecem-me pouco!

E ainda me sobram linhas...

O de sempre já não serve mais.

Então me necessite!

Diga-me o que sinta, ou minta.

Fale-me ou tente, senão, invente!

Jure o que não guarda, ou ame a quem te ama.

Queime os pedaços, construa um universo, e viva o meu mundo.

Esqueça a diferença e soma-me pro que falta.


~Marcos Vinícius de Moraes~

Um comentário:

Tiago Soares disse...

a sinceridade é sempre a chave do que procuramos,, escrevemos por que temos em nos unilateralidade... por isso temos o poder de nos compreender,,, mesmo sem entender o mundo olhando pela janela,,,


tudo de bom meu 10
continue,,,